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quarta-feira, 9 de junho de 2010

Dossier SORBONNE N°4: Doctorales

De todos os seminários, eventos, palestras e concertos que pude participar, talvez o mais significativo e importante tenha sido o primeiro congresso Doctorales Musique et Musicologie, que aconteceu na Salle des Actes (a mais chique) no final de março. A Cambacica chegou em Paris no dia 30 de março e eu falei no dia 31! Isso foi pra gente um momento especial! Ela acompanhou de dentro meu percurso como aspirante acadêmico, me viu tentar fazer o primeiro projeto de mestrado para a seleção da UFRGS, que foi rejeitado com violência, depois a seleção do mestrado na Unicamp, que só me restou pegar a senha da lista de espera e tomar um cafezinho e finalmente os projetos vencedores na UFPR e na Sorbonne.
Para então chegar na Doctorales e me ver falar em 20 minutos, um resumo da tese de doutorado para vários professores e doutorandos em música da França inteira. Foi fantástica a experiência, porque minha exposição (“exposé”, para os íntimos) gerou bastante debate e questões, coisa que só ocorre quando os ouvintes compreendem a ideia exposta, pois do contrário, eles geralmente dormem, inclusive alguns professores, que não vem ao caso citar. Para garantir, coloquei o Degenerado para acordar a galera e falei precisamente o tempo previsto, com a ajuda do Power Point e do texto revisado pelo Denis duas horas antes. Durante a fala, me sentia extremamente bem no meu blazer marrom, só vendo aquela Cambaciquinha meio risonha lá no canto. Depois desta aventura acadêmica, falar nos seminários doutorais do meu orientador é moleza... Parece que criei ainda mais gosto pela coisa, não deixa de ser uma performance.


Leandro Gaertner
Paris, junho de 2010.

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