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domingo, 27 de maio de 2012

{orfeu21}


 Luca Martins
Pouco mais de duas semanas após as récitas do musical Orfeu21, estreado no grande palco giratório do Teatro Carlos Gomes em Blumenau, reviro minhas memórias e aquela impressão de satisfação ainda ecoa e ecoará. Como público que fui, queria agradecer e parabenizar a todos envolvidos, desde a elaboração do projeto, aos criadores, aos inventores, aos atores, aos administradores, aos cantores, aos dançarinos, aos figurinistas, aos figurantes, aos solistas, aos instrumentistas, aos secretários, aos zeladores, aos professores, aos produtores, aos voluntários e anônimos, aos diretores, aos iluminadores, aos patrocinadores, a todos artistas, porque todos nessa hora se tornaram artistas!

Cinco récitas lotadas no grande auditório do Carlos Gomes? Gente voltando pra casa sem ingresso? Como fico feliz com isso!!!! Não precisamos de prova maior da sede que as pessoas têm de novas histórias e estórias. Precisamos de criação artística. Orfeu21, uma velha história recontada e absorvida por nossos inventores conterrâneos e contemporâneos, o texto de Gregory Haertel, a música de André de Souza, direção coreográfica de Beatriz Niemeyer, direção geral de Pépe Sedrez, o Orfeu de Fábio Hostert, a Eurídice de Luca Martins... a “palavra dos criadores” escrita no programa foi muito mais do que cumprida: o espetáculo foi acessível, foi direto e foi atual, foi trágico como é trágica a vida em todas as épocas e em todos os lugares, e nossa época foi habilmente desmaqueada no palco por estes artistas.  Senti muitos afetos, um lencinho foi pouco, mas também de emoção feliz por ver um texto tão urgente e necessário sendo falado, dançado, cantado, tocado e gritado na sala de visitas do Vale do Itajaí! Coisa raríssima no mar de “eventos culturais” patrocinados com dinheiro da população deste país.

Senti a ironia do casamento de véu e grinalda que convida o público a observar num palco suas próprias práticas, pra mim este foi o primeiro impacto: “não, isso não é um teatro, isso eu também já vivi!” Orfeu, transfigurado no personagem Rogério, um típico e midiático astro do rock de nosso tempo e Eurídice que aparece na doce bailarina Alice, que me levaram a mil giros no cenário, mil sorrisos ao me ver capturado, vidrado no roteiro.

As questões expressas em Orfeu21 são das mais urgentes atualidades. A despeito das revoluções e revoluções dos séculos e décadas passadas, ainda continuamos a sustentar uma hierarquização do poder econômico, até mesmo confirmando em sinal verde a manutenção de uma classe de eleitos a dormir no luxo e a acordar no privilégio, com tantos ganhos financeiros que seria mesmo impossível ter tempo para ser útil à sociedade, como deveriam.

Fábio Hostert
Orfeu21 traz ao palco uma passeata de reajuste salarial, onde a bailarina Alice acaba por ser vítima de uma bala de revólver... A cena é desenhada com a dura realidade de um policial empunhando sua arma, na dura tarefa de pouco pensar, mas sim de cumprir ordens e dominar seu deserto de estranhos... Acho que os artistas de Orfeu21 trouxeram esta questão escancarada no alto do camarote.

O cenário mais que apropriado ao trono de Hades é o “pronto socorro” do hospital público e é bem ali que o público do Teatro Carlos Gomes daquele sábado pareceu se dividir, e não sabia mais se ria ou se chorava. Na cena do trio de cantoras deitadas no leito hospitalar, a música era ironicamente jocosa e parecia embalar momentos de bom humor, porém a letra só denunciava a tão hedionda situação que ainda é imposta aos doentes que não fazem parte do clubinho dos bons salários. A música era engraçada, o texto rimado, mas o grito, quase um sprechgesang, vinha de um peito apertado pelo câncer. Durante este trio uns riam, outros não.

Logo vejo o astro de rock Rogério, entre sua dor da eutanásia cercado pelos paparazzi, e mais uma vez nos estarrece nossa contemporaneidade fetichista ao absurdo, que consome, que consome, que consome e come e devora tudo com um apetite tão cruel quanto o apetite de Cérbero, até a morte. O cão de três cabeças é também o próprio sistema de saúde inventado na nossa época, que te dá o tapinha e o tiro pelas costas. A história de Orfeu se reconta todos os dias...

Queria mais uma vez cumprimentar e agradecer aos artistas que criaram e tornaram possível o musical Orfeu21 em Blumenau. Acredito que esta obra de arte precisa ser apresentada em mais lugares, com vários elencos e para vários públicos, pois sua mensagem é urgente e nossa sociedade, nossas sociedades, nossas ruas, nossas casas, nossos pensamentos, nossas palavras, nosso olhar, nosso tempo e nossa fala precisam da arte sensível que denuncie a crueldade.
~ ~ ~ ~ ~



Leandro Gaertner
Curitiba, maio de 2012. 

segunda-feira, 21 de maio de 2012

ementa do curso técnico ~ história da música



história da música
curso técnico* - 4 semestres 




Objetivo Geral do Curso:
Estimular a escuta, o diálogo e a construção de saberes sobre a música de diferentes períodos e de diferentes culturas da história da humanidade, da pré-história à contemporaneidade, visando à formação profissional de músico e de educador musical.

Objetivos Específicos do Curso:
Dialogar com os estudantes a escuta musical, nossos saberes, nossa memória sonora e musical, nosso contexto histórico e cultural. Dialogar com os estudantes nosso presente histórico e o nosso olhar para outros momentos da história como uma construção em transformação (a História e a historiografia). Contextualizar os eventos da história da música na história geral. Apresentar os principais períodos (conceitos históricos), estilos e compositores do cânone clássico da história da música e estimular a pesquisa de novas possibilidades de construção histórica. Dialogar a relação entre os períodos históricos, a continuidade, a tradição, a ruptura, o novo. Dialogar com os estudantes o conhecimento histórico na educação musical (na docência e na pesquisa) e na interpretação musical. Desenvolver junto aos estudantes as competências para mediar conhecimento no espaço discursivo da sala de aula ou de outros contextos educacionais. Dialogar com os estudantes maneiras de apresentar a música nas escolas e em outros contextos educacionais como arte poética, de expressão e transformação individual e coletiva.

Procedimentos Metodológicos
Os encontros serão semanais, com momentos de escuta musical, apresentação de conteúdo, debate e mediação de conhecimentos entre estudantes e professor. Os conteúdos serão apresentados com auxílio de mídias diversas além de eventuais participações de músicos convidados. A participação dos estudantes através de debates, questionamentos e outras contribuições durante os encontros será fundamental para a troca e construção de conhecimentos.
Os encontros terão como eixo central a discussão entre a música de diferentes épocas e culturas e como este conhecimento pode ser apresentado de maneira poética, expressiva e transformadora em diversos contextos educacionais da sociedade contemporânea.
No Curso Técnico também serão realizados encontros em formato de seminário para estimular a participação dos estudantes na exposição e discussão crítica de conteúdos.
Devido à curta duração do Curso Técnico e ao objetivo de formação profissional de músico e educador musical, pressupõe-se que o estudante ingressante já tenha conhecimentos básicos sobre os conceitos tradicionais de história da música, familiaridade com a escuta musical de diferentes períodos e conhecimento de suas características musicais básicas. Portanto, é necessária uma avaliação escrita para admissão no Curso Técnico, baseada na “Bibliografia básica”, que se encontra no fim desta ementa.

CURSO DE HISTÓRIA DA MÚSICA – Módulos I e II

Objetivo Geral
Módulos I e II
Apresentar conhecimentos específicos da História da Música a partir dos diálogos contemporâneos sobre historiografia, filosofia e arte, com ênfase às obras compostas até o início do século XX.

Módulo I

Objetivos Específicos
-Dialogar com os estudantes a música do presente;
-Estimular a reflexão sobra as experiências e memórias musicais individuais;
-Primeiros diálogos sobre som, música, cultura, memória e experiência musical, arte, poesia;
-Primeiros diálogos sobre História, historiografia, a construção da história;
-Apresentar os “conceitos históricos”; Dialogar a relação entre os conceitos/períodos históricos, a continuidade, a tradição, a ruptura, o novo (a quebra de paradigmas e a transformação);
-Dialogar as “propriedades da música”;
-Escutar e discutir as características da “música medieval: circa ano 800 da era comum” até “música renascentista: circa ano 1600 da era comum”.
-Refletir com os estudantes modos de estudar e expor o conhecimento histórico da música sem se distanciar do fazer musical;

Conteúdo Programático

-Apresentação dos “conceitos históricos” para contar a história da música da Europa e das Américas (Antiguidade Clássica – Idade Média na Europa – Renascimento – Barroco – Clássico – Romântico – Século XX e XXI);
-Escuta e discussão sobre repertório variado, de reconstituições da música grega ao século XX;
-Apresentação de documentários sobre a música hoje;
-Apresentação das “propriedades da música”: ritmo, timbre, melodia, harmonia, forma, textura (monodia, homofonia e polifonia);
-A “linha do tempo”: a história geral e história da música; 
-A situação da música no fim da antiguidade; Canto litúrgico e secular na Idade Média;
- Polifonia e música do século XIII; Música francesa e italiana do século XIV;
- Da Idade Média ao Renascimento: música inglesa e do ducado da Borgonha no século XV; Renascimento: de Ockeghem a Josquin;
-Novas correntes no século XVI; Música sacra no “Renascimento tardio”;

Transição de Módulo
Para a transição de módulo será considerada principalmente a frequência do estudante nos encontros (máximo 3 faltas sem justificativa) e a participação do estudante durante as questões dialogadas.  No fim do semestre, uma(s) atividade(s) serão destinadas ao processo avaliativo formal.

Módulo II

Objetivos Específicos
-Dialogar com os estudantes a música do presente;
-Estimular a reflexão sobra as experiências e memórias musicais individuais;
-Dialogar a relação entre os conceitos/períodos históricos, a continuidade, a tradição, a ruptura, o novo (a quebra de paradigmas e a transformação);
-Dialogar as “propriedades da música”;
-Escutar e discutir as características da “música renascentista: circa ano 1600 da era comum” até “música do início do século XX ”;
-Refletir com os estudantes o conhecimento histórico, a arte, a música e como este conhecimento pode ser apresentado nas escolas e em outros contextos educacionais;
-Refletir com os estudantes modos de estudar e expor o conhecimento histórico da música sem se distanciar do fazer musical;

Conteúdo Programático
-Apresentação de documentários, concertos, encontros musicais de diferentes culturas; Escuta e discussão sobre repertório variado, de reconstituições da música grega ao século XX;
-Música do primeiro período barroco; Ópera e música vocal na segunda metade do século XVI;
-Música instrumental no “Barroco tardio”; A primeira metade do século XVIII;
-Origens do estilo clássico: a sonata, a sinfonia e a ópera do século XVIII;
-Segunda metade do Séc. XVIII: Joseph Haydn e W.A. Mozart;
-Classicismo e Romantismo: música na época da Revolução Francesa;
-O Século XIX: romantismo; música instrumental vocal;
-Música nas colônias e ex-colônias europeias nas Américas;
-Ruptura do sistema tonal: nascimento do sistema dodecafônico;

Transição de Módulo
Para a transição de módulo será considerada principalmente a frequência do estudante nos encontros (máximo 3 faltas sem justificativa) e a participação do estudante durante as questões dialogadas.  No fim do semestre, uma(s) atividade(s) serão destinadas ao processo avaliativo formal.


CURSO DE HISTÓRIA DA MÚSICA – Módulos III e IV

Objetivo Geral
 Módulos III e IV
 Estimular o diálogo sobre a música do século XX e XXI em diversas culturas, suas conexões com o passado, suas transformações e as músicas da contemporaneidade.

Módulo III

Objetivos Específicos
-Escutar e discutir música de períodos, contextos sociais e culturas diversas;
-Discutir a relação com a música do passado, antes e depois da gravação;
-Dialogar sobre a reconstrução da música do passado: grupos de “música antiga”, “instrumentos de época”, o conhecimento histórico como ferramenta na (re)interpretação;
-Dialogar sobre as transformações da música nos últimos 100 anos; o impacto das novas tecnologias de comunicação global na criação artística, na expressão individual e coletiva;
-Refletir a música como um fenômeno de transformação social; arte e as transformações do pensamento ao longo do século XX e XXI; Onde estão as musas hoje?
-Refletir com os estudantes modos de estudar e expor o conhecimento histórico da música sem se distanciar do fazer musical;
-Desenvolver junto aos estudantes maneiras de apresentar a música de diferentes épocas e culturas em contextos educacionais, como escolas regulares, escolas de música, grupos de prática musical diversa, contextos educacionais formais, não-formais e informais;
-Estimular nos estudantes, para além da escuta, a prática de música de outras épocas e prática de culturas musicais diversas;

Conteúdo Programático
-A música em diversas culturas no século XX e XXI. Os encontros estarão abertos a uma discussão ampla sobre a música dos últimos 100 anos, como por exemplo: a música na Europa, música indiana, música anglo-americana, música centro-americana, Choro, Jazz, Samba, música andina, música do extremo oriente, músicas regionalistas brasileiras, Bossa-Nova, Rock, o Rock no Brasil, as orquestras (sinfônicas e de câmara) de música do passado...
-As transformações do pensamento humano e as transformações da música;
-Diálogos sobre a música, as músicas da contemporaneidade;
-Afinal, o que tentam dizer as músicas dos grupos sociais “marginais”? Um dia elas serão também história?
-O culto ao passado: existe alguma espécie de dívida com o passado?
-O cenário da educação musical hoje: quais são os desafios do educador musical?


Transição de Módulo
Para a transição de módulo será considerada principalmente a frequência do estudante nos encontros (máximo de 3 faltas sem justificativa) e a participação do estudante durante as questões dialogadas.  No fim do semestre, um encontro será destinado ao processo avaliativo formal, elaborado com questões dissertativas orais (em formato de seminário) e escritas pertinentes ao módulo.

Módulo IV

Objetivos Específicos
-Escutar e discutir música de períodos, contextos sociais e culturas diversas;
-Dialogar sobre o impacto das novas tecnologias de comunicação global na criação artística, na expressão individual e coletiva;
-Refletir a música como um fenômeno de transformação social; arte e as transformações do pensamento ao longo do século XX e XXI;
-Dialogar sobre a função da música hoje; o(s) compositor(es), o(s) intérprete(s), o(s) públicos, o(s) consumidor(es); Onde estão as musas hoje?
-Dialogar a música na indústria cultural do século XX e XXI;
-Desenvolver junto aos estudantes maneiras de apresentar a música de diferentes épocas e culturas em contextos educacionais, como escolas regulares, escolas de música, grupos de prática musical diversa, contextos educacionais formais, não-formais e informais;
-Refletir com os estudantes modos de estudar e expor o conhecimento histórico da música sem se distanciar do fazer musical;
-Estimular nos estudantes, para além da escuta, a prática musical de música de outras épocas e prática de culturas musicais diversas;
-Dialogar com os estudantes maneiras de apresentar a música nas escolas como arte poética, de expressão e transformação individual e coletiva (dialogar possibilidades de planos de aula, atividades de ensino musical individual e em grupo);

Conteúdo Programático
-As transformações do pensamento humano e as transformações da música;
-A música da contemporaneidade;
-O futuro da música: para onde irão as musas? Isto é um problema do presente?
-O futuro da prática musical de músicas do passado;
-Existe prática musical desligada do passado? Existe algum conhecimento ou expressão humana desligada do passado?
-A música dos projetos de lei de incentivo à cultura: uma escuta historicizada sobre esta prática contemporânea;
-Música inédita “acadêmica/erudita”, música inédita “popular”;
-Música como “expressão urgente” dos indivíduos e da sociedade;
-A música na indústria cultural do século XX e XXI;
-As propostas contemporâneas para a educação musical;


Conclusão do Curso
História da Música
Para a conclusão do curso será considerada principalmente a frequência do estudante nos encontros (máximo 3 faltas sem justificativa) e a participação do estudante durante as questões dialogadas.  No fim do semestre, uma(s) atividade(s) serão destinadas ao processo avaliativo formal.


Bibliografia básica para o Curso Técnico

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. Rio: Paz e Terra, 1970.
HARNONCOURT, N. O Discurso dos Sons: Caminhos para uma nova compreensão musical. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor,1988.
RORTY, Richard. Uma ética laica. São Paulo: Martins Fontes, 2010.
SOUZA, Jusamara (org.). Aprender e ensinar música no cotidiano. Porto Alegre: Sulina, 2009.

Leituras sugeridas - música, história, filosofia e educação

ABRAHAMS, F. Aplicação da Pedagogia Crítica ao ensino e a aprendizagem em música. In: Revista da ABEM, n. 12, março de 2005, p. 65-72.
ALBIN, R.C. Brasil Rito e Ritmo: Das raízes da MPB à chegada do Samba. Rio de Janeiro: Aprazível, 2004.
ANDRADE, Mário de. Ensaio sobre a Música Brasileira. São Paulo: Martins, 1972.
BEINEKE, V. Políticas públicas e formação de professores: uma reflexão sobre o papel da universidade. In: Revista da ABEM. n. 10, março de 2004.p. 35-42.
BESSA, Virgínia. Um bocadinho de cada coisa: trajetória e obra de Pixinguinha. Dissertação de Mestrado. Universidade de São Paulo (USP) PPG-História Social, 2005.
BEYER, Esther; KEBACH, Patrícia (Orgs.). Pedagogia da Música: experiências de apreciação musical. Porto Alegre: Mediação, 2009.
BRAGA, Luiz Otávio Rendeiro Correa. A Invenção Da Música Popular Brasileira: de 1930 ao final do Estado Novo. Tese de Doutorado. Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) PPG-História Social, 2002.
BURKHOLDER, J. Peter; PALISCA Claude V. Norton Anthology of Western Music Volume 1 e 2 Fifth Edition. New York: Norton, 2006.
CAZES, Henrique. Choro: do Quintal ao Municipal. Rio de Janeiro: Editora 34, 1998.
CHUEKE, Zélia. Estágios de Escuta durante a Preparação e a Execução pianística na Visão de seis Pianistas de nosso Tempo. In Performance Musical e suas Interfaces, ed. Sonya Ray, 115-143. Goiânia: Vieira, 2005.
CONE, Edward T. Musical form and musical performance. New York: Norton, 1968.
COOK, Nicholas. Fazendo música juntos ou improvisação e seus outros. Per Musi, Belo Horizonte, n.16, 2007, p. 07-20
DAHLHAUS, Carl. Foundations of Music History. New York: Cambridge, 1999.
DEWEY, John. Experiência e Educação. Petrópolis, 2010.
___________. Arte como experiência. São Paulo: Martins, 2010.
FONTERRADA, M. Música, conhecimento e história: um exercício de contraponto. In: Encontro Anual da ABEM, 1, Rio de Janeiro, 1992. Anais… Rio de Janeiro: ABEM, 1992. p. 47-57.
FONTERRADA, M. De tramas e fios: Um ensaio sobre musica e educação. São Paulo: editora da UNESP, 2005.
FRANCESCHI, Humberto. A Casa Edison e seu tempo. Rio de Janeiro: Sarapuí, 2002.
GAERTNER, Leandro. A historiografia como ferramenta para contar a história da música. Revista Eletrônica de Musicologia REM, Volume XIV, UFPR, setembro 2010.
HARNONCOURT, N. O Diálogo musical. Rio de Janeiro: Zahar, 1993.
JARDIM, Gil. O Estilo antropofágico de Heitor Villa-Lobos: Bach e Stravinsky na Obra do Compositor. São Paulo: Philarmonia Brasileira, 2005.
KENYON, N.; TARUSKIN, R. Authenticity and early music. New Yok: Oxford, 1988.
KIEFER,Bruno. A modinha e o lundu. Porto Alegre: Movimento-UFRGS, 1977.
___________. Música e dança popular. Porto Alegre: Movimento-UFRGS, 1990.
LATOUR, Bruno. Jamais fomos modernos. Rio de Janeiro: Editora 34, 1994.
LINDE, Hans M. Pequeno Guia para Ornamentação da Música do Barroco. São Paulo: Ricordi, 1979.
MADURELL, François. Itinéraire d’un musicologue engagé. Journal de Recherche en Éducation Musicale, Observatoire Musical Français Université Paris-Sorbonne, Volume 5, no 2, Automne 2006, p.5-41.
MARIZ, Vasco. Heitor Villa-Lobos: Compositor Brasileiro. Brasília: Ministério da Cultura, 1977.
MATOS, C.N. O malandro no samba: de sinhô a Bezerra da Silva. In Notas Musicais Cariocas, ed. J.B.M.Vargem, 35-62. Petrópolis: Vozes, 1986.
MEIRA, Marly; PILLOTTO, Silvia.  Arte, afeto e educação: a sensibilidade na ação pedagógica. Porto Alegre: Mediação, 2010.
NIETZSCHE, Friedrich. O nascimento da tragédia. São Paulo: Editora Escala, 2007.
PENNA, Maura. Música(s) e seu ensino. Porto Alegre: Sulina, 2008.
QUANTZ, Johann .J. On Playing the Flute. New York: Schirmer, 1985.
RATNER, Leonard. Classic music – expression, form and style. New York: Schirmer Books, 1980.
REIS, José Carlos. Historicismo, Modernidade, Temporalidade e Verdade. Rio de Janeiro: FGV, 2003.
RINK, John, ed. Musical Performance: a  Guide to Understanding. Cambridge: CUP, 2002.
RORTY, Richard. Contingência, Ironia e Solidariedade. São Paulo: Martins, 2007.
ROSEN, Charles. The classical style. New York: Norton, 1998.
SANTOS, Fabio Saito dos. Estamos Aí: Um estudo das influênciasdo Jazz na Bossa-Nova. Dissertação de Mestrado. Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Departamento de Música do Instituto de Artes,  2006.
VEYNE, Paul. Quando nosso mundo se tornou cristão (312-394), Civilização Brasileira, 2010.
VEILHAN, J.C. The Rules of Musical Interpretation in the Baroque Era. Paris: Alphonse Leduc, 1979.
VIRET, Jacques, ed. Entre Sujet et Objet: l’Herméneutique musicale comme Méthodologie de l’Écoute.  In Approche Herméneutique de la Musique, 283-296. Strasbourg: Presses de l’Université, 2001.
WEBSTER, James. The eighteenth century as a music-historical period? Eighteenth-Century Music 1/1, 47-60: Cambridge University Press, 2004.


Também são sugeridas as Revistas Especializadas em Música como:

-Revista Música Hodie http://www.musicahodie.mus.br/
-Revista Eletrônica de Musicologia http://www.rem.ufpr.br/
-Revista do Conservatório de Música UFPel http://www.ufpel.edu.br/conservatorio/revista/index.html



*O curso técnico ainda aguarda implantação.




conservatório musical maestro paulino 
 ponta grossa - pr 

domingo, 20 de maio de 2012

ementa do curso básico ~ história da música




história da música
curso básico - 4 anos 



Objetivo Geral do Curso:
Escutar e dialogar com os estudantes a música de diferentes períodos e de diferentes culturas da história da humanidade, da pré-história à contemporaneidade.

Objetivos Específicos do Curso:
Dialogar com os estudantes a escuta musical, nossos saberes, nossa memória sonora e musical, nosso contexto histórico e cultural. Dialogar com os estudantes nosso presente histórico e o nosso olhar para outros momentos da história como uma construção em transformação (a História e a historiografia). Contextualizar os eventos da história da música na história geral. Apresentar os principais períodos (conceitos históricos), estilos e compositores do cânone clássico da história da música e estimular a pesquisa de novas possibilidades de construção histórica. Dialogar a relação entre os períodos históricos, a continuidade, a tradição, a ruptura, o novo.


Procedimentos Metodológicos
Os encontros serão semanais, com momentos de escuta musical, apresentação de conteúdo, debate e mediação de conhecimentos entre estudantes e professor. Os conteúdos serão apresentados com auxílio de mídias diversas além de eventuais participações de músicos convidados. A participação dos estudantes através de debates, questionamentos e outras contribuições durante os encontros será fundamental para a troca e construção de conhecimentos. 
Devido à longa duração do Curso Básico, vários encontros serão destinados à escuta musical seguida de apreciação e discussão histórico-musicológica de seu conteúdo, contexto e seus efeitos nos ouvidos presentes.

  

CURSO DE HISTÓRIA DA MÚSICA – Módulos I e II

Objetivo Geral
Módulos I e II
Apresentar conhecimentos específicos da História da Música a partir dos diálogos contemporâneos sobre historiografia, filosofia e arte, com ênfase às obras compostas até o início do século XX.
Módulo I
Objetivos Específicos
-Dialogar com os estudantes a música do presente;
-Estimular a reflexão sobra as experiências e memórias musicais individuais;
-Primeiros diálogos sobre som, música, cultura, memória e experiência musical, arte, poesia;
-Primeiros diálogos sobre História, historiografia, a construção da história;
-Apresentar os “conceitos históricos”; Dialogar a relação entre os conceitos/períodos históricos, a continuidade, a tradição, a ruptura, o novo (a quebra de paradigmas e a transformação);
-Dialogar as “propriedades da música”;
-Escutar e discutir as características da “música medieval: circa ano 800 da era comum” até “música renascentista: circa ano 1600 da era comum”.
-Refletir com os estudantes modos de estudar história da música sem se distanciar do fazer musical;
Conteúdo Programático

-Apresentação dos “conceitos históricos” para contar a história da música da Europa e das Américas (Antiguidade Clássica – Idade Média na Europa – Renascimento – Barroco – Clássico – Romântico – Século XX e XXI);
-Escuta e discussão sobre repertório variado, de reconstituições da música grega ao século XX;
-Apresentação de documentários sobre a música hoje;
-Apresentação das “propriedades da música”: ritmo, timbre, melodia, harmonia, forma, textura (monodia, homofonia e polifonia);
-A “linha do tempo”: a história geral e história da música; 
-A situação da música no fim da antiguidade;
-Canto litúrgico e secular na Idade Média;
- Polifonia e música do século XIII;
- Música francesa e italiana do século XIV;
- Da Idade Média ao Renascimento: música inglesa e do ducado da Borgonha no século XV;
-Renascimento: de Ockeghem a Josquin;
-Novas correntes no século XVI; Música sacra no “Renascimento tardio”;
Transição de Módulo
Para a transição de módulo será considerada principalmente a frequência do estudante nos encontros (máximo de 6 faltas sem justificativa) e a participação do estudante durante as questões dialogadas.  No fim de cada semestre, uma(s) atividade(s) serão destinadas ao processo avaliativo formal.
Módulo II
Objetivos Específicos
-Dialogar com os estudantes a música do presente;
-Estimular a reflexão sobra as experiências e memórias musicais individuais;
-Dialogar a relação entre os conceitos/períodos históricos, a continuidade, a tradição, a ruptura, o novo (a quebra de paradigmas e a transformação);
-Dialogar as “propriedades da música”;
-Escutar e discutir as características da “música renascentista: circa ano 1600 da era comum” até “música do início do século XX ”;
-Relacionar as características musicais das novas escutas com o passado;
-Refletir com os estudantes modos de estudar história da música sem se distanciar do fazer musical;
Conteúdo Programático
-Apresentação de documentários, concertos, encontros musicais de diferentes culturas;
-Escuta e discussão sobre repertório variado, de reconstituições da música grega ao século XX;
-Música do primeiro período barroco;
-Ópera e música vocal na segunda metade do século XVI;
-Música instrumental no “Barroco tardio”;
-A primeira metade do século XVIII;
-Origens do estilo clássico: a sonata, a sinfonia e a ópera do século XVIII;
-Segunda metade do Séc. XVIII: Joseph Haydn e W.A. Mozart;
-Classicismo e Romantismo: música na época da Revolução Francesa;
-O Século XIX: romantismo; música instrumental vocal;
-Música nas colônias e ex-colônias europeias nas Américas;
-Ruptura do sistema tonal: nascimento do sistema dodecafônico;
Transição de Módulo
Para a transição de módulo será considerada principalmente a frequência do estudante nos encontros (máximo de 6 faltas sem justificativa) e a participação do estudante durante as questões dialogadas.  No fim de cada semestre, uma(s) atividade(s) serão destinadas ao processo avaliativo formal.

CURSO DE HISTÓRIA DA MÚSICA – Módulos III e IV

Objetivo Geral
 Módulos III e IV
 Estimular o diálogo sobre a música do século XX e XXI em diversas culturas, suas conexões com o passado, suas transformações e as músicas da contemporaneidade.
Módulo III
Objetivos Específicos
-Escutar e discutir música de períodos, contextos sociais e culturas diversas;
-Discutir a relação com a música do passado, antes e depois da gravação;
-Dialogar sobre a reconstrução da música do passado: grupos de “música antiga”, “instrumentos de época”, o conhecimento histórico como ferramenta na (re)interpretação;
-Dialogar sobre as transformações da música nos últimos 100 anos; o impacto das novas tecnologias de comunicação global na criação artística, na expressão individual e coletiva;
-Refletir a música como um fenômeno de transformação social; arte e as transformações do pensamento ao longo do século XX e XXI; Onde estão as musas hoje?
-Refletir com os estudantes modos de estudar história da música sem se distanciar do fazer musical;
Conteúdo Programático
-A música em diversas culturas no século XX e XXI. Os encontros estarão abertos a uma discussão ampla sobre a música dos últimos 100 anos, como por exemplo: a música na Europa, música indiana, música anglo-americana, música centro-americana, Choro, Jazz, Samba, música andina, música do extremo oriente, músicas regionalistas brasileiras, Bossa-Nova, Rock, o Rock no Brasil, as orquestras (sinfônicas e de câmara) de música do passado...
-As transformações do pensamento humano e as transformações da música;
-Diálogos sobre a música, as músicas da contemporaneidade;
-Afinal, o que tentam dizer as músicas dos grupos sociais “marginais”? Um dia elas serão também história?
-O culto ao passado: existe alguma espécie de dívida com o passado?

Transição de Módulo
Para a transição de módulo será considerada principalmente a frequência do estudante nos encontros (máximo de 6 faltas sem justificativa) e a participação do estudante durante as questões dialogadas.  No fim de cada semestre, uma(s) atividade(s) serão destinadas ao processo avaliativo formal.
Módulo IV
Objetivos Específicos
-Escutar e discutir música de períodos, contextos sociais e culturas diversas;
-Dialogar sobre o impacto das novas tecnologias de comunicação global na criação artística, na expressão individual e coletiva;
-Refletir a música como um fenômeno de transformação social; arte e as transformações do pensamento ao longo do século XX e XXI;
-Onde estão as musas hoje?
-Dialogar sobre a função da música hoje; o(s) compositor(es), o(s) intérprete(s), o(s) públicos, o(s) consumidor(es);
-Dialogar a música na indústria cultural do século XX e XXI;
-Refletir com os estudantes modos de estudar história da música sem se distanciar do fazer musical;
-Estimular nos estudantes, para além da escuta, a prática musical de música de outras épocas e prática de culturas musicais diversas;
Conteúdo Programático
-As transformações do pensamento humano e as transformações da música;
-A música da contemporaneidade;
-O futuro da música: para onde irão as musas?
-O futuro da prática musical de músicas do passado;
-Existe prática musical desligada do passado? Existe algum conhecimento ou expressão humana desligada do passado?
-A música dos projetos de lei de incentivo à cultura: uma escuta historicizada sobre esta prática contemporânea;
-Música inédita “acadêmica/erudita”, música inédita “popular”;
-Música como “expressão urgente”;
-A música na indústria cultural do século XX e XXI;

Conclusão do Curso
História da Música
Para a conclusão do curso será considerada principalmente a frequência do estudante nos encontros (máximo de 6 faltas sem justificativa) e a participação do estudante durante as questões dialogadas.  No fim de cada semestre, uma(s) atividade(s) serão destinadas ao processo avaliativo formal.


Leituras sugeridas - música, história, filosofia e educação

ALBIN, R.C. Brasil Rito e Ritmo: Das raízes da MPB à chegada do Samba. Rio de Janeiro: Aprazível, 2004.
BESSA, Virgínia. Um bocadinho de cada coisa: trajetória e obra de Pixinguinha. Dissertação de Mestrado. Universidade de São Paulo (USP) PPG-História Social, 2005.
BRAGA, Luiz Otávio Rendeiro Correa. A Invenção Da Música Popular Brasileira: de 1930 ao final do Estado Novo. Tese de Doutorado. Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) PPG-História Social, 2002.
BURKHOLDER, J. Peter; PALISCA Claude V. Norton Anthology of Western Music Volume 1 e 2 Fifth Edition. New York: Norton, 2006.
CAZES, Henrique. Choro: do Quintal ao Municipal. Rio de Janeiro: Editora 34, 1998.
CHUEKE, Zélia. Estágios de Escuta durante a Preparação e a Execução pianística na Visão de seis Pianistas de nosso Tempo. In Performance Musical e  suas Interfaces, ed. Sonya Ray, 115-143. Goiânia: Vieira, 2005.
CONE, Edward T. Musical form and musical performance. New York: Norton, 1968.
DAHLHAUS, Carl. Foundations of Music History. New York: Cambridge, 1999.
DEWEY, John. Experiência e Educação. Petrópolis, 2010.
___________. Arte como experiência. São Paulo: Martins, 2010.
FRANCESCHI, Humberto. A Casa Edison e seu tempo. Rio de Janeiro: Sarapuí, 2002.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. Rio: Paz e Terra, 1970.
GAERTNER, Leandro. A historiografia como ferramenta para contar a história da música. Revista Eletrônica de Musicologia REM, Volume XIV, UFPR, setembro 2010.
HARNONCOURT, N. O Discurso dos Sons: Caminhos para uma nova compreensão musical. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor,1988.
___________. O Diálogo musical. Rio de Janeiro: Zahar, 1993.
JARDIM, Gil. O Estilo antropofágico de Heitor Villa-Lobos: Bach e Stravinsky na Obra do Compositor. São Paulo: Philarmonia Brasileira, 2005.
KENYON, N.; TARUSKIN, R. Authenticity and early music. New Yok: Oxford, 1988.
___________. A modinha e o lundu. Porto Alegre: Movimento-UFRGS, 1977.
___________. Música e dança popular. Porto Alegre: Movimento-UFRGS, 1990.
LATOUR, Bruno. Jamais fomos modernos. Rio de Janeiro: Editora 34, 1994.
LINDE, Hans M. Pequeno Guia para Ornamentação da Música do Barroco. São Paulo: Ricordi, 1979.
MADURELL, François. Itinéraire d’un musicologue engagé. Journal de Recherche en Éducation Musicale, Observatoire Musical Français Université Paris-Sorbonne, Volume 5, no 2, Automne 2006, p.5-41.
MARIZ, Vasco. Heitor Villa-Lobos: Compositor Brasileiro. Brasília: Ministério da Cultura, 1977.
MATOS, C.N. O malandro no samba: de sinhô a Bezerra da Silva. In Notas Musicais Cariocas, ed. J.B.M.Vargem, 35-62. Petrópolis: Vozes, 1986.
NIETZSCHE, Friedrich. O nascimento da tragédia. São Paulo: Editora Escala, 2007.
QUANTZ, Johann .J. On Playing the Flute. New York: Schirmer, 1985.
RATNER, Leonard. Classic music – expression, form and style. New York: Schirmer Books, 1980.
REIS, José Carlos. Historicismo, Modernidade, Temporalidade e Verdade. Rio de Janeiro: FGV, 2003.
RORTY, Richard. Contingência, Ironia e Solidariedade. São Paulo: Martins, 2007.
___________. Uma ética laica. São Paulo: Martins Fontes, 2010.

ROSEN, Charles. The classical style. New York: Norton, 1998.
SANTOS, Fabio Saito dos. Estamos Aí: Um estudo das influênciasdo Jazz na Bossa-Nova. Dissertação de Mestrado. Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Departamento de Música do Instituto de Artes,  2006.
SOUZA, Jusamara (org.). Aprender e ensinar música no cotidiano. Porto Alegre: Sulina, 2009.
VEYNE, Paul. Quando nosso mundo se tornou cristão (312-394), Civilização Brasileira, 2010.
VEILHAN, J.C. The Rules of Musical Interpretation in the Baroque Era. Paris: Alphonse Leduc, 1979.
WEBSTER, James. The eighteenth century as a music-historical period? Eighteenth-Century Music 1/1, 47-60: Cambridge University Press, 2004.

Também são sugeridas as Revistas Especializadas em Música como:

-Revista Música Hodie http://www.musicahodie.mus.br/
-Revista Eletrônica de Musicologia http://www.rem.ufpr.br/
-Revista do Conservatório de Música UFPel http://www.ufpel.edu.br/conservatorio/revista/index.html





                                                                                                                   
conservatório musical maestro paulino 
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