Procedimentos
Metodológicos
|
Os
encontros serão semanais, com momentos de escuta musical, apresentação de
conteúdo, debate e mediação de conhecimentos entre estudantes e professor. Os
conteúdos serão apresentados com auxílio de mídias diversas além de eventuais
participações de músicos convidados. A participação dos estudantes através de
debates, questionamentos e outras contribuições durante os encontros será
fundamental para a troca e construção de conhecimentos.
Os
encontros terão como eixo central a discussão entre a música de diferentes
épocas e culturas e como este conhecimento pode ser apresentado de maneira
poética, expressiva e transformadora em diversos contextos educacionais da
sociedade contemporânea.
No
Curso Técnico também serão realizados encontros em formato de seminário para
estimular a participação dos estudantes na exposição e discussão crítica de
conteúdos.
Devido
à curta duração do Curso Técnico e ao objetivo de formação profissional de
músico e educador musical, pressupõe-se que o estudante ingressante já tenha
conhecimentos básicos sobre os conceitos tradicionais de história da música,
familiaridade com a escuta musical de diferentes períodos e conhecimento de
suas características musicais básicas. Portanto, é necessária uma avaliação escrita para admissão no Curso Técnico,
baseada na “Bibliografia básica”,
que se encontra no fim desta ementa.
|
CURSO
DE HISTÓRIA DA MÚSICA – Módulos I e II
|
|
Objetivo
Geral
Módulos
I e II
|
Apresentar conhecimentos específicos da História
da Música a partir dos diálogos contemporâneos sobre historiografia,
filosofia e arte, com ênfase às obras compostas até o início do século XX.
|
|
Módulo I
|
|
Objetivos
Específicos
|
-Dialogar
com os estudantes a música do presente;
-Estimular
a reflexão sobra as experiências e memórias musicais individuais;
-Primeiros
diálogos sobre som, música, cultura, memória e experiência musical, arte,
poesia;
-Primeiros
diálogos sobre História, historiografia, a construção da história;
-Apresentar
os “conceitos históricos”; Dialogar a relação entre os conceitos/períodos
históricos, a continuidade, a tradição, a ruptura, o novo (a quebra de
paradigmas e a transformação);
-Dialogar
as “propriedades da música”;
-Escutar
e discutir as características da “música
medieval: circa ano 800 da era
comum” até “música renascentista:
circa ano 1600 da era comum”.
-Refletir
com os estudantes modos de estudar e expor o conhecimento histórico da música
sem se distanciar do fazer musical;
|
|
Conteúdo
Programático
|
|
|
Transição
de Módulo
|
Para a transição de módulo será considerada principalmente a frequência do estudante nos encontros (máximo 3 faltas sem justificativa) e a participação do estudante durante as questões dialogadas. No fim do semestre, uma(s) atividade(s) serão destinadas ao processo avaliativo formal.
|
|
Módulo II
|
|
Objetivos
Específicos
|
-Dialogar
com os estudantes a música do presente;
-Estimular
a reflexão sobra as experiências e memórias musicais individuais;
-Dialogar
a relação entre os conceitos/períodos históricos, a continuidade, a tradição,
a ruptura, o novo (a quebra de paradigmas e a transformação);
-Dialogar
as “propriedades da música”;
-Escutar
e discutir as características da “música
renascentista: circa ano 1600 da
era comum” até “música do início do
século XX ”;
-Refletir
com os estudantes o conhecimento histórico, a arte, a música e como este
conhecimento pode ser apresentado nas escolas e em outros contextos
educacionais;
-Refletir
com os estudantes modos de estudar e expor o conhecimento histórico da música
sem se distanciar do fazer musical;
|
|
Conteúdo
Programático
|
-Ruptura do sistema
tonal: nascimento do sistema dodecafônico;
|
|
Transição
de Módulo
|
Para a transição de módulo será considerada principalmente a frequência do estudante nos encontros (máximo 3 faltas sem justificativa) e a participação do estudante durante as questões dialogadas. No fim do semestre, uma(s) atividade(s) serão destinadas ao processo avaliativo formal.
|
|
CURSO
DE HISTÓRIA DA MÚSICA – Módulos III e IV
|
|
Objetivo Geral
Módulos III e IV
|
Estimular
o diálogo sobre a música do século XX e XXI em diversas culturas, suas
conexões com o passado, suas transformações e as músicas da
contemporaneidade.
|
|
Módulo III
|
|
Objetivos
Específicos
|
-Escutar
e discutir música de períodos, contextos sociais e culturas diversas;
-Discutir
a relação com a música do passado, antes e depois da gravação;
-Dialogar
sobre a reconstrução da música do passado: grupos de “música antiga”,
“instrumentos de época”, o conhecimento histórico como ferramenta na
(re)interpretação;
-Dialogar
sobre as transformações da música nos últimos 100 anos; o impacto das novas
tecnologias de comunicação global na criação artística, na expressão
individual e coletiva;
-Refletir
a música como um fenômeno de transformação social; arte e as transformações
do pensamento ao longo do século XX e XXI; Onde estão as musas hoje?
-Refletir
com os estudantes modos de estudar e expor o conhecimento histórico da música
sem se distanciar do fazer musical;
-Desenvolver
junto aos estudantes maneiras de apresentar a música de diferentes épocas e
culturas em contextos educacionais, como escolas regulares, escolas de
música, grupos de prática musical diversa, contextos educacionais formais,
não-formais e informais;
-Estimular
nos estudantes, para além da escuta, a prática de música de outras
épocas e prática de culturas musicais diversas;
|
|
Conteúdo
Programático
|
-A
música em diversas culturas no século XX e XXI. Os encontros estarão abertos
a uma discussão ampla sobre a música dos últimos 100 anos, como por exemplo:
a música na Europa, música indiana, música anglo-americana, música
centro-americana, Choro, Jazz, Samba, música andina, música do extremo
oriente, músicas regionalistas brasileiras, Bossa-Nova, Rock, o Rock no
Brasil, as orquestras (sinfônicas e de câmara) de música do passado...
-As
transformações do pensamento humano e as transformações da música;
-Diálogos
sobre a música, as músicas da contemporaneidade;
-Afinal,
o que tentam dizer as músicas dos grupos sociais “marginais”? Um dia elas
serão também história?
-O
culto ao passado: existe alguma espécie de dívida com o passado?
-O
cenário da educação musical hoje: quais são os desafios do educador musical?
|
|
Transição
de Módulo
|
Para a transição de módulo será considerada
principalmente a frequência do estudante nos encontros (máximo de 3 faltas
sem justificativa) e a participação do estudante durante as questões
dialogadas. No fim do semestre, um encontro será destinado ao
processo avaliativo formal, elaborado com questões dissertativas orais (em
formato de seminário) e escritas pertinentes ao módulo.
|
|
Módulo IV
|
|
Objetivos
Específicos
|
-Escutar
e discutir música de períodos, contextos sociais e culturas diversas;
-Dialogar
sobre o impacto das novas tecnologias de comunicação global na criação
artística, na expressão individual e coletiva;
-Refletir
a música como um fenômeno de transformação social; arte e as transformações
do pensamento ao longo do século XX e XXI;
-Dialogar
sobre a função da música hoje; o(s) compositor(es), o(s) intérprete(s), o(s)
públicos, o(s) consumidor(es); Onde estão as musas hoje?
-Dialogar
a música na indústria cultural do século XX e XXI;
-Desenvolver
junto aos estudantes maneiras de apresentar a música de diferentes épocas e
culturas em contextos educacionais, como escolas regulares, escolas de
música, grupos de prática musical diversa, contextos educacionais formais,
não-formais e informais;
-Refletir
com os estudantes modos de estudar e expor o conhecimento histórico da música
sem se distanciar do fazer musical;
-Estimular
nos estudantes, para além da escuta, a prática musical de música de
outras épocas e prática de culturas musicais diversas;
-Dialogar
com os estudantes maneiras de apresentar a música nas escolas como arte
poética, de expressão e transformação individual e coletiva (dialogar
possibilidades de planos de aula, atividades de ensino musical individual e
em grupo);
|
|
Conteúdo
Programático
|
-As
transformações do pensamento humano e as transformações da música;
-A
música da contemporaneidade;
-O
futuro da música: para onde irão as musas? Isto é um problema do presente?
-O
futuro da prática musical de músicas do passado;
-Existe
prática musical desligada do passado? Existe algum conhecimento ou expressão
humana desligada do passado?
-A
música dos projetos de lei de incentivo à cultura: uma escuta historicizada
sobre esta prática contemporânea;
-Música
inédita “acadêmica/erudita”, música inédita “popular”;
-Música
como “expressão urgente” dos indivíduos e da sociedade;
-A
música na indústria cultural do século XX e XXI;
-As
propostas contemporâneas para a educação musical;
|
|
Conclusão do
Curso
História da
Música
|
Para a conclusão do curso será considerada principalmente a frequência do estudante nos encontros (máximo 3 faltas sem justificativa) e a participação do estudante durante as questões dialogadas. No fim do semestre, uma(s) atividade(s) serão destinadas ao processo avaliativo formal.
|
|
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia.
Rio: Paz e Terra, 1970.
HARNONCOURT,
N. O Discurso dos Sons: Caminhos para uma
nova compreensão musical. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor,1988.
RORTY, Richard. Uma ética laica. São Paulo: Martins
Fontes, 2010.
SOUZA, Jusamara (org.). Aprender e
ensinar música no cotidiano. Porto Alegre: Sulina, 2009.
ABRAHAMS, F. Aplicação da Pedagogia Crítica ao ensino e a
aprendizagem em música. In: Revista
da ABEM, n. 12, março de 2005, p. 65-72.
ANDRADE,
Mário de. Ensaio sobre a Música Brasileira. São Paulo: Martins, 1972.
BEINEKE, V. Políticas públicas e formação de
professores: uma reflexão sobre o papel da universidade. In: Revista da ABEM.
n. 10, março de 2004.p. 35-42.
BESSA,
Virgínia. Um bocadinho de cada coisa:
trajetória e obra de Pixinguinha. Dissertação de Mestrado. Universidade de
São Paulo (USP) PPG-História Social, 2005.
BEYER, Esther; KEBACH, Patrícia (Orgs.). Pedagogia da Música:
experiências de apreciação musical. Porto Alegre:
Mediação, 2009.
BRAGA,
Luiz Otávio Rendeiro Correa. A Invenção Da Música Popular Brasileira: de
1930 ao final do Estado Novo. Tese de Doutorado. Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
PPG-História Social, 2002.
BURKHOLDER, J. Peter; PALISCA Claude V. Norton
Anthology of Western Music Volume 1 e 2 Fifth Edition. New York:
Norton, 2006.
CAZES,
Henrique. Choro: do Quintal ao Municipal. Rio de Janeiro: Editora 34,
1998.
CHUEKE,
Zélia. Estágios de Escuta durante a
Preparação e a Execução pianística na Visão de seis Pianistas de nosso Tempo.
In Performance
Musical e suas Interfaces, ed. Sonya Ray, 115-143. Goiânia: Vieira,
2005.
CONE, Edward T. Musical
form and musical performance. New
York: Norton, 1968.
COOK,
Nicholas. Fazendo música juntos ou
improvisação e seus outros. Per Musi, Belo
Horizonte, n.16, 2007, p. 07-20
DAHLHAUS,
Carl. Foundations of Music History. New York: Cambridge,
1999.
DEWEY, John. Experiência e Educação. Petrópolis, 2010.
___________. Arte como experiência.
São Paulo: Martins, 2010.
FONTERRADA, M. Música, conhecimento e história: um
exercício de contraponto. In: Encontro Anual da ABEM, 1, Rio de
Janeiro, 1992. Anais… Rio de Janeiro: ABEM, 1992. p. 47-57.
FONTERRADA, M. De tramas e fios: Um ensaio sobre musica e educação.
São Paulo: editora da UNESP, 2005.
FRANCESCHI, Humberto. A Casa Edison e seu tempo. Rio de
Janeiro: Sarapuí, 2002.
HARNONCOURT,
N. O Diálogo musical. Rio de Janeiro: Zahar, 1993.
JARDIM,
Gil. O Estilo antropofágico de Heitor
Villa-Lobos: Bach e Stravinsky na Obra do Compositor. São Paulo: Philarmonia Brasileira, 2005.
KENYON, N.; TARUSKIN, R. Authenticity and early music. New Yok: Oxford, 1988.
KIEFER,Bruno.
A modinha e o lundu. Porto
Alegre: Movimento-UFRGS, 1977.
___________.
Música e dança popular. Porto
Alegre: Movimento-UFRGS, 1990.
LATOUR,
Bruno. Jamais fomos modernos. Rio de
Janeiro: Editora 34, 1994.
LINDE,
Hans M. Pequeno Guia para Ornamentação da
Música do Barroco. São Paulo: Ricordi, 1979.
MADURELL, François. Itinéraire d’un musicologue engagé. Journal de Recherche en
Éducation Musicale, Observatoire Musical Français Université Paris-Sorbonne,
Volume 5, no 2, Automne 2006, p.5-41.
MARIZ,
Vasco. Heitor Villa-Lobos: Compositor Brasileiro. Brasília: Ministério
da Cultura, 1977.
MATOS,
C.N. O malandro no samba: de sinhô a
Bezerra da Silva. In Notas Musicais Cariocas, ed. J.B.M.Vargem,
35-62. Petrópolis: Vozes, 1986.
MEIRA, Marly;
PILLOTTO, Silvia. Arte, afeto e educação: a sensibilidade na ação pedagógica. Porto Alegre: Mediação, 2010.
NIETZSCHE,
Friedrich. O nascimento da tragédia.
São Paulo: Editora Escala, 2007.
PENNA, Maura. Música(s) e seu ensino. Porto Alegre:
Sulina, 2008.
QUANTZ,
Johann .J. On Playing the Flute. New
York: Schirmer, 1985.
RATNER, Leonard. Classic
music – expression, form and style. New
York: Schirmer Books, 1980.
REIS, José Carlos. Historicismo,
Modernidade, Temporalidade e Verdade. Rio de Janeiro:
FGV, 2003.
RINK, John, ed. Musical Performance: a Guide to Understanding. Cambridge: CUP, 2002.
RORTY, Richard. Contingência,
Ironia e Solidariedade. São Paulo:
Martins, 2007.
ROSEN, Charles. The
classical style. New York:
Norton, 1998.
SANTOS, Fabio Saito dos. Estamos Aí: Um estudo das influênciasdo Jazz na Bossa-Nova. Dissertação de
Mestrado. Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Departamento de Música
do Instituto de Artes, 2006.
VEYNE,
Paul. Quando nosso mundo se
tornou cristão (312-394), Civilização Brasileira, 2010.
VEILHAN, J.C. The
Rules of Musical Interpretation in the Baroque Era. Paris: Alphonse Leduc, 1979.
VIRET, Jacques, ed. Entre
Sujet et Objet: l’Herméneutique musicale comme Méthodologie de l’Écoute.
In Approche Herméneutique de la
Musique, 283-296. Strasbourg: Presses de l’Université,
2001.
WEBSTER, James. The eighteenth century as a music-historical period? Eighteenth-Century Music 1/1, 47-60: Cambridge University
Press, 2004.